Natação em Águas Abertas

 

O contacto com a natureza, as diferentes sensações que são possíveis de  sentir, tornam as provas de Águas Abertas um desafio único.
As distâncias nadadas atingem números impensáveis para os que se limitam às piscinas. 
A vertigem do desconhecido será talvez um dos factores motivadores para esta disciplina que entre nós começa a ganhar uma importância incontornável.
Com provas para todas as idades e níveis de dificuldade, será a disciplina em que o lazer e a alta competição pode coexistir no mesmo espaço físico. 

Obviamente é uma competição de natação realizada em qualquer lugar, excepto numa piscina. Mas existe muito mais do que isso, como nadar livremente nos rios, mares, lagos, sem pistas ao lado, apenas um ponto de saída e um de chegada. 
Os percursos destas provas podem variar muito, desde nadar de um ponto a outro ou um circuito de voltas repetidas. As distâncias variam bastante pois algumas provas demoram horas a terminar. Os atletas devem lutar contra uma grande variedade de obstáculos: criaturas marinhas, "objectos flutuantes não identificados", correntes, ondas, temperaturas ‘adversas’, etc. As alforrecas são um incómodo comum, especialmente quando batem na cara dos atletas, sem esquecer o risco de apanhar uma hipotermia. 
Estas provas têm ainda um pouco da "pureza" do desporto. Representam realmente a essência da natação, representam um desafio do homem contra a natureza, sem nenhum artifício ou equipamento especial. Por exemplo, não existem pistas ou qualquer outro dispositivo aos quais os nadadores de piscina estão tão acostumados. As roupas de borracha não são permitidas, somente toucas, óculos e protecção específica contra o frio (vaselina ou banha de porco).
A Natação em Águas Abertas está certamente a destacar-se como um desporto para atletas com uma grande tolerância e com um nível impressionante de paciência e determinação. 

Podemos dizer que a história da natação se confunde com a das águas abertas. Desde a pré-história, a natação só era praticada em locais de águas abertas: rios, lagoas, enseadas, baias e mesmo em mar aberto. As primeiras piscinas eram pontões em rios ou à beira de atracadouros e portos, ou seja, com água corrente natural. Piscinas como actualmente são conhecidas, só mais recentemente. Estas tiveram o seu grande desenvolvimento há cerca de 50/60 anos. 

Poderiam ser citados vários, mas vamos ficar com a proeza do assim chamado herói: Leandro, um grego, que afastado de sua amada, a sacerdotisa Hero, pelo estreito de Dardanelos, que separa a Ásia de Europa, fazia todas as noites esta travessia de cerca de 1,3 km ao anoitecer e antes de amanhecer retornava. A sua amada iluminava com uma tocha do alto de uma colina, orientando a sua rota. Séculos mais tarde (em 1830 aproximadamente) o inglês Lord Byron, filósofo, poeta e desportista fez ele mesmo a travessia, provando não ser uma lenda.
Durante vários momentos da história, vários lideres, como o Imperador Romamo Julio César, ou mais recentemente, o líder comunista Mao Tse Tung, demonstraram as suas capacidades, nadando longos percursos em travessias. 

 

                                                                  


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