Natação para Bebés

 

 

Em Portugal, a prática comum é começar entre os três e os seis meses, embora a tendência seja adiar o início das sessões. Alguns pediatras são mais apologistas do que outros, já que existem algumas contra-indicações: (pele atópica, otites externas ou otite média com perfuração do tímpano, por exemplo). Por isso, é recomendável que os pais consultem antes um especialista. Em todo o caso, aos 3–4 anos as crianças devem aprender a nadar pela sua própria segurança.

Na água, o bebé depende das mãos dos pais. E ele tem essa noção. É preciso conhecer muito bem as normas de segurança nas piscinas. Por isso, é muito importante que os pais se mostrem seguros e confiantes e que, ao mesmo tempo, redobrem a sua atenção para que possam transmitir boas sensações ao filho: é um momento privilegiado para que ambos desfrutem e aprendam a relacionar-se.

A natação em família, desde os primeiros meses de vida, ajuda a reforçar o vínculo materno e paterno-filial. Além do desenvolvimento psicomotor e da personalidade, aumenta também a capacidade pulmonar. O bebé aprende a ouvir, a observar e a descobrir os seus reflexos inatos. Os exercícios (agarrar, deslocar, imergir, lançar, virar... ) feitos pelos pais ajudam-no a relaxar e a ganhar segurança e confiança com o meio aquático. É recomendável que ambos os progenitores participem, para que ambos aprendam os exercícios que se forem fazendo.

As sessões duram aproximadamente 45 minutos. Antes do início de qualquer aula, as piscinas são aquecidas até a água alcançar uma temperatura de 32 a 33 graus. A desinfecção total (com a percentagem mínima de cloro ou outras técnicas como o ozono), por norma, é básica.

Segundo os especialistas sobre o tema, a actividade aquática como meio lúdico multiplica as habilidades motoras da criança e a sua capacidade de reacção perante as dificuldades, oferece aos pais um conhecimento acerca da conduta e das reacções do seu filho e, através do movimento na água, estabelece-se um vínculo afectivo e comunicativo com os pais muito positivo para o desenvolvimento da criança. Os lactantes habituam-se ao meio e a determinadas normas claras acerca dos banhos, pelo que os seus actos são menos imprevisíveis. Assim, o bebé aprende a comportar-se com segurança e autonomia dentro do meio aquático, desde que as actividades realizadas respeitem a ordem cronológica em harmonia com a sua maturidade neuromuscular.